sexta-feira, 18 de abril de 2014

IMORTALIDADE




Jorge Luiz Borges, laureado escritor e poeta argentino, temendo a morte, em 1986, prestes a sucumbir ao câncer, solicitou a presença de um padre e um pastor para lhe darem provas de uma vida após esta. 

Não conheço os argumentos levantados pelos ilustres colegas. Eu, porém, tenho o seguinte discernimento sobre esse tema: 

Não temos como provar qualquer assunto da área escatológica. Podemos tão somente citar “n” promessas – e isso seria mais que suficiente – acerca daquilo que chamamos Vida eterna, ou seja, a dimensão espiritual do ser humano. Afinal, não é razoável admitir que a mensagem absolutamente confiável do evangelho que aprendemos e cremos seja uma mentira! 

Observemos, nesse aspecto, Ernesto Renan, celebridade intelectual do século dezenove.  Propenso a ironizar a fé cristã, partiu certa feita numa expedição às terras bíblicas. Atravessou em todos os sentidos a província evangélica – Jerusalém, Hebrom, Samaria. De tal maneira fascinado diante da fidelidade com que os evangelistas descrevem os lugares que serviram de palco para as ocorrências da vida de Jesus, denominou aquele local de “o 5º evangelho. Em seguida, ainda sob impacto, enalteceu a pessoa teantrópica de Cristo no seu livro “A vida de Jesus”. 

“Não temas, crê somente”, diz-nos aquele que faz as promessas – Jesus – algumas das quais mencionamos: 

“Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora...” “Pois, assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação do século. Mandará o Filho do homem os seus anjos que ajuntarão todos os escândalos... e os lançarão na fornalha acesa. Porém, os justos resplandecerão como o sol no Reino de seu Pai.” “Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, sede, era forasteiro, estava nu, enfermo, preso e me acudistes. Então perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos e assim procedemos? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que sempre que o fizestes a um destes pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” “Tornou Jesus: Em verdade vos afirmo que ninguém há que tenha deixado tudo por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo e no mundo por vir a Vida eterna.” “Então lhes acrescentou Jesus: Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento; mas os que são havidos por dignos de alcançar a era vindoura e a Ressurreição dentre os mortos, não se casam nem se dão em casamento. Pois não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição. E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou no trecho referente à sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de JacóOra, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos: porque para Ele todos vivem.” “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais  vós também.” Em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente.” “Digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco, no Reino de meu Pai. “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraiso.  

Concluimos, portanto, à luz desses textos, que ao morrer – deixando de existir como pessoa, agente da história, efetiva personalidade – alcançamos a imortalidade, permanecendo como objeto do amor, compaixão e afeto divinos, e ascendemos à condição de bem-aventurança e glorificação eternas. 

Como respaldo a essa crença temos a nuvem de testemunhas, as quais optaram pelo ensino dos Evangelhos, e jamais de um guru religioso qualquer. Dentre elas citaríamos Santo Agostinho: “A vida não é mortal; a morte é que é vital”. Paulo Freire, o educador: “Eu não faço força para crer; sinto-me comodamente instalado na fé”. Sobral Pinto, o paladino da liberdade: “Estou convicto acerca do diálogo que terei  com o meu Deus imediatamente após me desprender desta carcaça de 95 anos”. Dietrich Bonhoeffer, teólogo europeu, assassinado cruelmente pela ferocidade da polícia de Adolfo Hitler: “Para eles é o fim; para mim é o começo da Vida”. Luther King, o Nobel da paz, preparando o seu epitáfio: “Finalmente livre, finalmente livre. Graças a Deus Todo-Poderoso, eu finalmente sou livre”. Tereza de Ávila e sua vocação mística: “Estou padecendo a dúvida da fé, mas continuo operando as obras da fé”. Leonardo Boff, o teólogo contemporâneo, assistindo o escritor, antropólogo e senador Darci Ribeiro em seu estado terminal: Darci, você terá uma grande surpresa quando aqueles braços eternos de Cristo te receberem. Você será julgado não pela sua fé, mas pelo seu amor...” 

Reconhecemos o direito dos que negam a fé cristã e ousada e corajosamente se pronunciam, como Ferreira Gullart, o poeta: “O homem inventou Deus para ser criado por ele”. J. Saramago, o pensador: “Deus é uma invenção da mente humana para enganar-se sobre sua triste condição”. Zélia Gattai, a escritora viúva de Jorge Amado: “Não consegui em meus estudos e pesquisas nenhum apoio para crer numa vida após esta”. Salman Rushdie, escritor indiano, autor dos versos satânicos: “A religião é um veneno em nosso sangue”. Medeiros de Albuquerque, arrogante em sua inteligência atéia: “Cérebro meu, tu vês, tu sentes quanto os deuses são ridículos... E, no entanto, um dia, quando a velhice te entorpecer, quando um sangue de moléstia, pobre e envenenado, te alimentar, tu bem podes, desgraçado, renegar as convicções altivas e serenas do teu esforço e voltar a essas crenças fúteis e loucas que hoje desprezas. Pobre de ti! Contra o que tu serás talvez amanhã – protesta hoje”. 

Respeitosamente, e admirando o talento dessas personalidades, lhes diríamos que a evidência da fé para o materialista ateu é a sua própria derrota, o seu desastroso fracasso, a sua irremediável falência. Quando se fizer notória a limitação humana, que ele não sabe ou não quer reconhecer, então cairão por terra os seus argumentos, a sua auto-suficiência, o seu valor! 

Vale lembrar, nesse sentido Bertrand Russel, o filósofo: “Após esta é o nada, a escuridão, o abismo”; Graciliano Ramos, o escritor laureado: “Não sinto medo da morte; sinto raiva por não existir, após, mais nada”. E, caso continuássemos, citaríamos o escritor e roteirista afirmando no “Provocações” de Antonio Abujamra: “A vida é uma piada de mau gosto”. 

Pois bem, vamos concluir com o que eu diria de mim mesmo acerca desse assunto ora comentado. É simples: Inebriado pela vida naquilo que ela tem de belo e fascinante, e apaixonado pela morte naquilo que ela tem de livramento e redenç
ão, prossigo até aquele dia. 
Ab imo pectore. 

Amém! 

Textos citados pela ordem: Mateus 8:1-12; 13:40-43; 25:35-40; Marcos 10:29-30;.Lucas 20:34-38; João 14:1-4; 8:51; Mateus 26:29; Lucas 23:42-43. 

Ephrain Santos de Oliveira 
pastor jubilado 

Igreja Presbiteriana

quarta-feira, 26 de março de 2014

Teologias da prosperidade

Lamentavelmente em boa parte dos cultos evangélicos do país é possível encontrarmos ênfases e doutrinas absolutamente antagônicas aos ensinos das Escrituras. Nessa perspectiva não somente a palavra pregada em nossos encontros dominicais, mas também as músicas entoadas em nossas reuniões estão desprovidas de verdades bíblicas que em muito afrontam a Deus.
Isto posto, elenco abaixo cinco razões básicas porque as teologias da prosperidade e confissão positiva ofendem a Deus:
1- Pelo fato de inequívoco de que as teologias da prosperidade e confissão positiva não encontram fundamento bíblico nas Escrituras, afrontando o principio protestante da Sola Scriptura.
2- Pelo fato indiscutível de que as teologias da prosperidade e confissão positiva são antropocêntricas, humanistas e absolutamente focadas no bem estar do homem e não na glória de Deus afrontando assim a verdade de que a glória pertence somente a Deus (Soli Deo Gloria)
3- Pelo fato inquestionável de que as teologias da prosperidade e da confissão positiva ofendem a Cristo, colocando no foco do culto homens falíveis, cujos ministérios são messiânicos, ensimesmados e blasfemos, opondo-se assim ao ensino bíblico de que a salvação da ira vindoura deve-se exclusivamente a Cristo (Solus Christus)
4- Pelo fato irrefutável de que as teologias da prosperidade e da confissão positiva pregam e defendem a fé na fé, afirmando entrelinhas que a salvação deve-se por obras,e não por Cristo afrontando com isso a doutrina bíblica de que a salvação se dá pela fé (sola fide) em Cristo Jesus.
5- Pelo fato irrefragável de que as teologias da prosperidade e confissão positiva negam entrelinhas a salvação pela graça ensinando aos crentes que a salvação em Cristo se deve a contribuições, ofertas, dízimos e primícias, negando com isso o pressuposto bíblico de que a salvação se deve exclusivamente pela graça (Sola Gratia).
Pense nisso,
Renato Vargens
***
Fonte: Blog do Renato Vargens.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Crescimento Espiritual




"Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude"(...). (2 Pedro 1:3-11).

Crescimento espiritual requer um esforço decidido: “reunindo toda a vossa diligência.” O Ap. Pedro vê o processo do crescimento como se fosse uma corrente, cada elo é parte do outro. Se um elo estiver fraco, a  corrente toda fica enfraquecida.

O Apóstolo nos dá uma lista de oito elos, os quais são as dádivas impreteríveis para o nosso crescimento na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

“Fé” é a primeira dádiva nessa corrente espiritual e o incentivo para a presença das demais dádivas. Fé é  sempre “em” algo. Pela fé, cremos  “em” Jesus Cristo como o nosso Senhor e Salvador. Nele temos a redenção, o perdão dos nossos pecados e a esperança da vida eterna. A fé nos introduz à vida cristã. Mas, a partir dessa entrada, temos que adornar a nossa vida com muitas outras dádivas, a fim de sermos completos em Cristo.

Temos que “associar com a a nossa fé a virtude”, uma vida santa e irrepreensível, que é a evidência de Cristo direcionando a nossa vida.

Mas, precisamos de mais: “Com a virtude, o conhecimento”. Não podemos viver a vida cristã sem o conhecimento geral da vontade de Deus, que se encontra nas Escrituras Sagradas. Portanto, a necessidade inadiável de uma leitura sistemática e regular da Palavra de Deus.

“Com o conhecimento, o domínio próprio”, a dádiva de discernir a divisa entre a prática dos nossos próprios interesses e a prática  dos interesses de Deus. O nosso coração precisa do domínio próprio, a fim de glorificar a Deus na prática desses dois interesses. Não podemos ser faltosos em nenhum dos dois.

“Com o domínio próprio, a perseverança”. Quando discernimos a vontade de Deus, temos que praticar a perseverança. Andar resolutamente, dia após dia, no cumprimento da vontade de Deus, inclusive no meio de desencorajamentos, o que nem sempre é fácil. Precisamos da dádiva de perseverança, a fim de não  desmaiarmos no caminho.

“Com a perseverança, a piedade”, o temor de Deus constrangendo o nosso procedimento nos atos de culto. “Deus é espírito, e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”, com uma reverência não fingida.

“Com a piedade, a fraternidade”. No culto público, estamos no meio de outros adoradores, irmãos e irmãs que, juntamente conosco, são herdeiros da mesma graça de vida. A cada um devemos aquele amor fraternal; levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade.

“E com a fraternidade, o amor”. O amor é o cumprimento da lei de Deus, que ensina: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lc. 10:27).

Qual é a recompensa em adornar a nossa vida com essas oito dádivas de Deus? Em primeiro lugar, elas demonstram a nossa diligência no desenvolvimento da vida cristã. “Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo”.

E, em segundo lugar, são as evidências de que Deus tem começado uma boa obra salvífica em nossa vida. “Pois aquele a quem estas cousas não estão presentes é cego.” Como podemos nutrir a esperança da vida eterna se não temos em nós os sinais vitais da vida cristã?

Eis a exortação: “Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição.” Essa confirmação será reconhecida através da presença dessas oito dádivas de Deus agindo eficazmente em nossa vida. “Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. Enquanto associamos uma dádiva com outra, Deus suprirá todas as demais necessidades para que tenhamos uma entrada ampla e vitoriosa no reino eterno do Sustentador da nossa fé. Eis a norma para alcançar a certeza da salvação.


Rev. Ivan G. G. Ross

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Como fazer sucesso com a música GOSPEL.


Se você acha que tem talento para a música e tem um sonho muito grande de conseguir sucesso, fama e dinheiro, escolheu a carreira certa: atuar na música da moda, a música gospel. Afirmo que se você souber fazer seu nome, irá muito longe, terá muito sucesso e será muito admirado.
Antes de tudo, você precisa saber que na igreja existe gente frustrada, gente que tinha sonhos, mas não conseguiu realizá-los. Gente que sonhava com o sucesso, que é sinal de que alguém foi abençoado por Deus, como alguns dos líderes evangélicos costumam ensinar. Essas pessoas leem a Bíblia como se ela fosse uma caixinha de promessas e não como a revelação de Deus que tem Jesus Cristo como centro.
Depois de saber disso, você precisa tomar nota de algumas palavras: “Poder”, “Vitória”, “Conquistar”, “Restituição”, “Novo tempo”, “Nuvem”,” Clamor”, “Unção”, “Shekinah”, “Cura”, “Glória”, “Vencer”, “Altar”, “Milagre”, “Favor”, “Benção”, “Fogo”, “Quero”, “Novo tempo”, “Você”, “Promessa”, “Escolhido”, “Sonhos” e “Declare”.
Anotou? Pronto, agora você já tem um conjunto de palavras suficientes pra compor uma música gospel bem triunfalista. É só mesclar essas palavras com algumas outras, de forma que pareça uma poesia (apenas pareça). Lembre-se de que o seu objetivo é apenas fazer sucesso e ganhar dinheiro, então não se preocupe em produzir arte cristã que ensine valores do Reino de Deus às pessoas, apenas toque nos sentimentos delas e em seus desejos carnais, essa gente tem a emoção à flor da pele. O segredo é viciá-las em religião, fazendo-as acreditar em promessas que Deus nunca fez. Assim, elas ligam o rádio amanhã naquela mesma estação pra ouvir novamente a sua música, e no ano que vem voltam como ratinhos às lojas de “artigos evangélicos” pra comprar o seu mais novo CD. Afinal, ninguém tá preocupado mesmo em ouvir a verdade ou aprender sobre Deus.
Entenda que as pessoas querem mesmo ouvir aquilo que faz bem ao seu ego. Pelo que notei, parece que elas ainda carregam aquela velha herança da religião que praticavam, em que se relacionavam com as divindades com base nas dádivas prometidas. Conversão? Nada, eles apenas levantaram as mãos e aceitaram fazer parte de um grupo religioso, não se importam com quem Deus é.
O próximo passo, então, é conseguir um empresário, de preferência muito influente e que tenha visão do negócio. Ele não precisa ser cristão, nem mesmo comprometido com a Palavra de Deus. Na verdade, precisa ser um bom administrador, ter muitos contatos e amigo do dono da rádio evangélica mais famosa. Tenha atenção e não aceite agenciamento de qualquer um, caso contrário, sua carreira não irá muito longe e não é isso que você quer, certo?
Seguindo todos esses conselhos, com toda certeza no final desse ano você irá participar do Festival Promessas da Rede Globo e ganhará muito dinheiro, e quem te ouve, na plateia.
“Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos.” 2 Timóteo 4:3
L.R.
***
Fonte: No Barquinho, blog do grande brother Thiago Ibrahim.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

OUTRO ANO




Outro ano, Senhor! Outro ano que me emprestaste e eu te venho devolver, não sei se como esperavas fosse devolvido.
Não sei se administrei os bens que puseste em minha guarda, não sei se dei ao tempo o valor do tempo...
Nesses tantos dias e noites deixei a erva crescer com o trigo, deixei as aves bicarem os grãos...
Nesses tantos dias e noites, quanto cofre arrombado, quanta colheita perdida...
Não pus trancas nas portas, nem acendi luzes na casa...
E eu tinha um compromisso: administrar, Senhor!
Nesses tantos dias e noites, quanta coisa mínima me desviou, quanta coisa mínima me confundiu, quanta coisa mínima me deitou sombra!...
E eu devia ser luz, eu devia refletir, porque Tu me poliste, Tu me trabalhaste, a Tua graça batismal fez de mim superfície.
Mas quanta vez não continuei, quanta vez interceptei, quanta vez eu fui fim, quanta vez, Senhor, eu dormi em serviço!...
Outro ano, Senhor, dá-me outro ano. Dá-me revisar os meus atos, corrigir os meus erros...
Debruça sobre mim, vem ver-me encontrar-me e, quando eu me encontrar, levantar à altura do meu rosto a Tua lâmpada, aquecer-me nela, absorver-lhe os raios...
Um ano, Senhor, em que eu me dedique, em que eu me transfira, em que eu me aliene...
Um ano em que Tu sejas centro e periferia da minha vida, princípio e fim do meu caminho...
Um ano em que o meu próximo seja o próximo que me ensinaste no Teu evangelho...
Um ano em que eu também seja novo!


Rev. Ephrain Santos de Oliveira


Itajubá, 31/12/2013